sábado, 7 de novembro de 2020

Conquista Via Guela Seca

Conquista da Via Guela Seca -  3 IIIsup E1/E2 D1 150m

Setor Vale da Serrinha, Parque Estadual da Serra da Tiririca, Niterói-RJ.

Ary Carlos, Leonardo Carmo e Ivison Rubim.

Setor Vale da Serrinha. Para chegar na base, basta seguir pro setor das Vias Golpe do Cartão, Dois dias de sol, De Olho nas Vizinhas, O Mistérios do Arranha Gato etc. A base fica ao lado esquerdo da Via CNM 15 Anos.

Pra quem for de carro, sugiro estacionar na rua atrás do posto que fica logo no início da subida.

Fizemos a primeira investida (Leonardo e Ary) no dia 11/09/2020. O dia estava super quente. Conseguimos umas chapeletas com o Leandro. Eu pensava que ele tinha doado, mas descobri que ele tinha "vendido" pra gente, mas como ele não falou nada na hora, levou um calote.

Nessa primeira investida fizemos a primeira enfiada de 60 metros. Duplicamos a parada e intermediamos a descida pra um eventual rapel. Utilizamos chapeleta simples Bonier PinGo.

Nessa primeira enfiada fica o crux, um IIIsup. O lance tá protegido, porém se entrar errado, complica um pouco.

Por conta do sol forte e falta de chapeleta, encerramos ali a nossa primeira investida.

No dia 22/10/2020, fomos fazer a nossa segunda investida. Dessa vez com chapeletas próprias. O Ary tinha comprado. Convidamos o Ivison Rubim para essa segunda etapa.

Subimos até a P1 e de lá começamos a procurar uma linha. A pedra tinha perdido inclinação e era andar tranquilamente pelas pedras soltas. Muitas pedras soltas nesse trecho. Depois de 30 metros, a parede voltou a ter inclinação e ali fizemos a P2. Dali pra frente achamos uma linha que rendeu um 3º grau e assim fomos até finalizar a P3 com mais 60 metros.

obs.: a via termina num lance tranquilo. Dali pra frente é pegar uma trilha auxiliar, a mesma da CNM 15 anos, e sair na trilha principal do Alto Mourão. São aproximadamente 110 metros.

O calor já tava intenso e a goela já estava seca querendo uma gelada . Como a trilha do Alto Mourão estava interditada por conta das restrições, tivemos que rapelar. 

Já de volta à base da via, na hora de tirar os equipamentos da mochila, a marreta cai no dedo do Ary. Acho que até hoje a unha dele continua preta.

Depois de pegar a trilha de volta, fomos em busca da gelada. Afinal, a goela estava mais seca do que nunca. Nossa primeira opção pra resolver o problema após as escaladas nesse setor, é o bar Guela Seca. Só que por conta das restrições, o bar não abre dia de semana. Partimos então pra nossa segunda opção: Quiosque do bolinho de peixe em Itacoatiara. Também por conta das restrições estava fechado e só abriria às 16h. Não dava pra esperar mais 30 minutos rsrs Partimos pra nossa terceira opção: Quiosque na beira da laguna de Itaipu. Esse estava aberto e lá molhamos a goela e fizemos a hidratação. 







terça-feira, 6 de outubro de 2020

Giro pelo PARNIT: Santo Inácio e Temiminó

Por Leandro do Carmo

Giro pelo PARNIT: Santo Inácio e Temiminó
Local: PARNIT
Data: 07/06/2020
Participantes: Leandro do Carmo, Blanco P. Blanco, Tatiana Arenaz, Ary Carlos e Taffarel Ramos

Aproveitando a chance de mais um dia de caminhada nessa quarentena, aproveitei para dar uma volta mais completa no Parque da Cidade. Marcamos cedo, assim teríamos mais tempo para aproveitar. Nosso ponto de encontro foi o Posto da Guarda Ambiental. Dali, seguimos andando até a entrada da Trilha do Santo Inácio. Chegando lá, percebi que o totem de madeira onde ficavam as placas de sinalização estava quebrado. Ainda procurei em volta, para ver se o vândalo havia deixado por ali, mas nem sinal dela.

Entrei na trilha por último. O início estava bem limpo,  nada pelo caminho. Subi rápido e logo encontrei com pessoal. Fomos conversando e o caminho passou que nem percebi. Em pouco tempo estávamos na subida final. Mais alguns metros e estávamos no cume. Só nosso! Bebemos uma água e fizemos uma pequena pausa para recarregar as baterias.

Após a pausa, seguimos descendo todo o caminho. Nosso próximo objetivo era chegar à Trilha dos Platôs. A volta foi rápida e em pouco tempo já estávamos caminhando em direção à primeiro platô. O sol apareceu com força, cobrando um preço. Subimos conversando e assim o caminho também passou que nem percebemos. Demos uma volta pelos platôs e seguimos de volta sem demorar muito. Passamos pelas ruínas de uma antiga casa e fomos direto para Trilha Colonial.

Esse trecho é bem tranquilo, sendo descida até a Ponte de Pedra, um dos grandes atrativos do parque. Aproveitamos para apresenta-la aos que não conheciam. Dali, continuamos nossa caminhada, seguindo para completar o Circuito Temiminó, trilha que tive o prazer abrir há um tempo atrás. Segui caminho numa leve subida, agora num ritmo mais ameno, afinal de contas a falta de ritmo afeta o desempenho.

Chegamos ao Mirante das Orquídeas, onde temos uma bela vista de parte da Região Oceânica da cidade. Continuamos nossa caminhada serpenteando entre a densa floresta. Como estamos relativamente perto das casas, o barulho também é grande. Passamos um trecho da caminhada ouvindo um alto falante anunciando a venda de “ovos fresquinhos". Tirando esse pequeno problema, a caminhada transcorria tranquila e sem contratempos.

Depois de um pequeno trecho íngreme, chegamos a parte que considero a mais bonita da caminhada. Havíamos chegado na grande rocha que forma uma espécie de túnel com grandes raízes, parecidas com cipó. Dali, fomos descendo e começamos a subir novamente, agora bem colado à rocha. Seguimos  ao trecho de corda fixa onde tem uma mangueira de incêndio, que serve de apoio na descida escorregadia.

Passado esse trecho, descemos até encontrar o trecho onde retornaríamos andando até a estradinha de terra de acesso ao sítio Aldeia. Dali, seguimos andando até chegarmos novamente ao Posto da Guarda Ambiental e fecharmos o giro pelo PARNIT. Ainda ficamos um bom tempo nos recuperando. O que a falta de ritmo faz...



Mirante do último platô

Mirante do primeira platô

Um dos mirantes da Temiminó

Interessante passagem no Circuito Temiminó



quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Conquista da Via CNM 15

Por Leandro do Carmo e Marcelo Correa

Conquista da via CNM 15 - 3° IV Sup E1/E2 D1 200m

Em homenagem aos 15 anos do Clube Niteroiense de Montanhismo.

Setor Vale da Serrinha, PESET, Itaipu, Niterói.

Conquistadores: Marcelo Corrêa, Leandro do Carmo, Luis Augusto Avellar, Eny Hertz e Ivison Rubim.

Datas: 15/02, 07 e 08/03/2020

Material: 7 costuras, sendo 2 longas (120 cm), e corda de 60 m.

Acesso: a trilha inicia na Estrada da Serrinha 100mts depois da placa com a proibição jogar lixo, para quem sobe. Passa pelas bases das vias Didática, Golpe do Cartão/ Dois Dias de Sol, Variante Levadas da Breca e De Olho nas Vizinhas, segue uma trilha por 300mts até a pedra voltar a "deitar".
Saída: por rapel a partir da 4a parada ou saída a partir da 5a parada, caminhando por 70mts de costão e 30 mts de trilha até a trilha do Alto Mourão.

Proteções: Chapeletas pingo e dupla da Bonier, com parabolts Âncora e Walsywa.


Imaginamos a linha da via em torno desta mancha preta de descida de água, pois vendo a parede de longe percebemos que ela se estende até o mais próximo da vegetação que recobre a parte alta do morro. Quando chegamos na base, chamou-me a atenção uma pequena canaleta em V no meio da parede. O lance da esquerda para a direita, entre a 3a e a 4a chapeleta, antes de subir a canaleta em V, ficou bem interessante. Quando subi essa primeira canaleta, vi uma extenso grupo de cactos que impedia seguir reto e desviei para a direita até um grande platô, antes da segunda canaleta







Primeira investida no dia 15/02, Marcelo Correia conquistou o primeiro esticão, aproximadamente 30 metros. O Leandro Do Carmo aparece no alto conquistando o segundo esticão e indo em direção ao lance que é o crux da via. Eny Hertz Bittencourt subindo o primeiro esticão, com Ivison aguardando na base, eu e Luis Avellar na primeira parada. Na segunda investida, a Eny intermediou este lance que ela está fazendo colocando uma chapeleta à direita de onde ela está na foto. Essa chapeleta pode ser vista na foto anterior.







O crux é a saída da canaleta, com agarras de mão em pequenos frisos e um pé em em aderência ou alto e longe. O Leandro Do Carmo apontou que o lance seguinte também é delicado, tem um bom apoio para o pé à direita, porém escaladores mais baixos têm que fazer um movimento dinâmico para segurar em um friso no alto, ou com apoios para os pés um pouquinho mais altos em pequenos frisos. A subida para alcançar a canaleta, se for feito mais à direita, também ficou um lance interessante de aderência, ou com um leve movimento dinâmico,. Imaginávamos subir reto em aderência, em vez de seguir pela canaleta, mas seria em uma linha de descida de água muito suja.




Na segunda investida, o Luis fez um ajuste na proteção do crux, que foi conquistado pelo Leandro Do Carmo e instalou uma chapeleta acima, na parede após o friso, para proteger uma possível queda de participante, evitando um pêndulo que seria gigantesco.













Trecho bem fácil entre a 2a e a 3a parada. Conquistei os primeiros 30 metros, colocando uma chapeleta a uns 20 metros da parada no alto deste dique em curva e outra 8 metros acima. O Leandro Do Carmo tocou os outros 30 metros direto. onde paramos, fazendo a 3a parada dupla. Na segunda investida, intermediamos este trecho que o Leandro Do Carmo conquistou e o Ivison Rubim duplicou a segunda chapeleta que eu havia batido, fazendo uma parada dupla para rapel. Por fim, com duas cordas de 60mts, pode-se fazer o rapel da 4a parada até esta parada intermediária e depois desta até a primeira parada dupla, restando somente um rapel de 30 metros para finalizar a descida.




O Marcelo conquistou este trecho entre a 3a e a 4a parada na segunda investida. "No dia anterior, tive um dia cheio com viagem, 4 apresentações e duas reuniões, sendo uma delas bem estressante. Assim, dormi muito pouco. Isto me afetou física e psicologicamente. Assim, coloquei três proteções entre as paradas, quando tínhamos previsto só duas, e elas ficaram exatamente em passadas de lances que me pareceram um pouco mais delicados, mas que na verdade são fáceis".









Com Luis Augusto Avellar, na última investida no dia 08/03, para avaliação, alteração de duas proteções e retirada de pedras. Por fim, avançamos por mais 55 metros, a partir da 4a parada, que seria a última, e conseguimos uma saída por costão e trilha, conectando com a trilha do Alto Mourão. Menor impacto e menores riscos.











Na segunda investida, dia 07/03, quando alcançamos a 4a parada, e fizemos intermediações nos três primeiros esticões, que foram conquistados no dia 15/02.















Croqui



Mais algumas fotos





terça-feira, 15 de setembro de 2020

Conquista da via Mistérios do Arranha Gato - 3º IVsup E1/E2

Por Leandro do Carmo

Mais uma conquista em Niterói!!!

Via Mistérios do Arranha Gato - 3º IVsup E1/E2 D1 140m

Conquistadores: Leandro do Carmo, Luis Avellar e Marcelo Correa
Colaborador: Ivison Rubim

A via fica ao lado direito da "De Olho nas Vizinhas". O crux está na primeira enfiada e é feita em lances com pequenas agarras, até passar um dique com cristais num lance bem bonito, sendo a mais forte da via. É interessante fazer uma parada curta, com cerca de 20m para evitar o arrasto na corda. A segunda enfiada com 30 metros tem alguns lances com agarras ainda por quebrar. Começa tocando reto e vai fazendo uma diagonal para a direita, até um platô mais confortável para a parada. Dali, continua seguindo para a direita e contorna para a esquerda novamente. 

A terceira enfiada foi conquistada para quem quer continuar e emendar no segundo trecho da via "De Olho nas Vizinhas" que segue numa diagonal para a direita, abaixo de um grande diedro ou emendando no final da "Dois Dias de Sol" pela variante horizontal "O Medroso mais Corajoso", ambas terminando no Mirante do Carmo, com saída pela trilha do Alto Mourão.

Toda conquistada com chapeletas e as paradas estão duplicadas.

Se fizer as paradas mais curtas, evita o atrito da corda.

Acesso

O acesso é o mesmo para todas as vias do setor. Seguindo pela serrinha, pode deixar o carro em um recuo ao lado de uma placa grande de proibido jogar lixo e subir um pouquinho, seguindo a cerca até onde ela termina em uma pedra. Passa exprimido entre a cerca e a pedra e começa a subir por entre pequenos blocos soltos, passa ao lado de um bambuzal e segue uma trilha razoavelmente demarcada, passa por um platô com redes velhas penduradas e sobe à esquerda entre blocos e vai seguindo os totens até encontrar a parede. A primeira via é a Didática (tem uma parada dupla na base), vai costeando a pedra e tem a base da Via Golpe do Cartão, mais abaixo a Via Levadas da Breca, de Olho Nas Vizinhas e Mistérios do Arranha-Gato.

Algumas fotos das conquistas











domingo, 13 de setembro de 2020

Manejo na Travessia Tupinambá


Por Leandro do Carmo

Manejo na Travessia Tupinambá

Local: PARNIT
Data: 05/05/2020
Participantes: Leandro do Carmo, Taffarel Ramos, Ary Carlos e Blanco P. Blanco


Já estava há dois meses sem sair de casa por conta da pandemia. A vontade de fazer alguma coisa era grande, porém não poderia ir para muitos lugares. Os parques estavam fechados, a gente não podia caminhar na praia,  até para caminhar na rua estava difícil. Não havia muitas opções.

Havia alguns rumores de que as unidades de conservação começariam abrir, mas para abrir precisaríamos ter certeza de que algumas trilhas estariam próprias para utilização. Foi aí que surgiu a oportunidade de poder fazer a vistoria na Travessia Tupinambá. Nesse dia convidei o Ary, o Blanco e o Taffarel para me acompanhar. A ideia era dar uma batida na trilha do início ao fim, para deixá-la em condições quando da reabertura do parque.

Marcamos de nos encontrar no posto da Guarda Ambiental às 8:00 da manhã. Queríamos chegar cedo para aproveitar um pouco mais. Encontramos o Alex, gestor do PARNIT, que nos deu uma carona até a sede. De lá pegamos o caminho e fomos andando. Tínhamos algumas informações de que alguns trechos estavam bem ruins, por isso fomos preparados com facão. 

O início foi bem tranquilo, Seguimos descendo numa manhã bem agradável. O dia estava bem aberto iríamos ter uma visão privilegiada. Paramos em alguns trechos para cortar alguns galhos que estavam sobre a trilha e continuamos a caminhada. Chegamos na altura do mirante da Pedra Quebrada e fui lá dar uma conferida. Na volta, continuamos a caminhada e passamos por aquelas imensas jaqueiras na borda da trilha. Mais à frente, chegamos ao ponto da primeira bifurcação relevante da trilha e dali seguimos à direita, subindo levemente até passar por um trecho onde está sendo feito um reflorestamento, bem em frente a uma casa. O capim estava alto, mas não daria pra gente cortá-lo nesse momento. Então seguimos andando até o mirante de onde ficava a antiga construção da rádio Guanabara, demolida há alguns meses.

Dali, podíamos ver a Rampa Sul e boa parte da Região Oceânica da cidade. Estávamos na direção da entrada do túnel na parte do Cafubá. Após uma pequena pausa para apreciar a vista continuamos a caminhada. Voltamos ao ponto da trifurcação e de lá seguimos descendo em direção ao Cafubá. A trilha a partir desse ponto era só descida. Tivemos um pouco mais de trabalho do que o trecho anterior, mas nada que pudesse atrapalhar. Mas embaixo, pegamos a primeira saída à direita onde entramos na Trilha das Ruínas, de onde temos acesso ao Mirante da Tapera. Se tivesse algum trecho mais fechado, seria ali, pois a vegetação é mais densa e de um porte maior.

O início estava bem aberto bem diferente da primeira vez que fui em meados de 2015. Seguimos andando e cruzamos o córrego. Corria bastante água. Seguimos andando com tudo em ordem passamos pelo bambuzal e depois entramos no trecho alagado. Tinha um pouco de lama, mas nada que pudesse atrapalhar. Cruzamos o córrego novamente encaminhamos na margem oposta até chegar ao pouso do caçador. Em 2015, quando eu fiz essa trilha pela primeira vez, encontrei nesse ponto um giral usado para caça. A partir desse ponto seria só subida.

Passamos por uns grandes blocos e de lá seguimos subindo passando pelo Vale das Jaqueiras. No local existe uma concentração gigantesca de jaqueiras. Parece que cada jaca que cai nascem centenas de outras mudas, ficando difícil, em alguns pontos, até de ver o leito da trilha.

Em alguns trechos da subida fica mais íngreme, mas seguimos num bom ritmo até que cruzamos com uma imensa árvore que havia caído alguns meses atrás, fazendo com que o traçado original da trilha fosse alterado. Em poucos minutos estávamos no ponto onde encontramos com o acesso de que vem do Jardim Imbuí ou para quem faz a travessia completa. Encontramos algumas pessoas cortando bambu. Conversamos rápido e seguimos caminho. Desse ponto em diante, tínhamos a informação de que um grupo já havia feito manutenção. Se o caminho sem manutenção estava bom, imagina o caminho com manutenção...

Subimos e foi bem tranquilo. Logo estávamos no bambuzal, onde tem o primeiro mirante. Só eu fui lá. Continuamos subindo e paramos no Mirante Cunhambebe, esse sim bem mais agradável e amplo. Ficamos ali durante algum tempo. Aproveitei para fazer algumas filmagens com o drone, o que me deu a ideia de preparar a série “Mirantes do PARNIT”.

O dia estava bem aberto e a vista impressionava. Olhando a lagoa de Piratininga do alto, nem parece tão poluída... Depois de descansar, continuamos a caminhada e em poucos minutos passamos pelas ruínas e logo chegamos ao Mirante da Tapera. Estávamos de frente para o Pão de Açúcar. Uma vista impressionando das montanhas da cidade do Rio de Janeiro.

Ficamos durante um bom tempo contemplando a paisagem. Tempo suficiente para dar aquela recuperada. A hora foi passando e logo pegamos o caminho de volta. Desse ponto até a bifurcação da Travessia Parque da Cidade x Cafubá foi bem tranquilo, pois é só descida. Mas aquela subidinha até a trifurcação foi dura. Depois de muito tempo parado, o corpo foi dando sinais de cansaço, mas logo chegamos à grande curva e demos uma parada para recuperar o fôlego. Dali, seguimos direto, passando agora pelo Sítio Aldeia e andamos pela estradinha de terra até ao Posto da Guarda Ambiental, onde deixamos estacionados os carros.

Nada mal para quem estava há uns dois meses sem praticamente sair de casa...



terça-feira, 25 de agosto de 2020

Guia de Trilhas de Niterói e Maricá disponível para DOWNLOAD!!!

Por Leandro do Carmo


Já está disponível para DOWNLOAD o GUIA DE TRILHAS DE NITERÓI E MARICÁ!!!!!

Download do GUIA DE TRILHAS DE NITERÓI E MARICÁ

Lançado em 2017, o Guia conta com aproximadamente 250 km de trilhas mapeadas e distribuídas em 13 setores nos municípios de Niterói e Maricá. São 57 roteiros com informações de como chegar, fotos do início da trilha e de pontos importantes, gráfico altimétrico, mapas topográficos e dados formatados de acordo com a nova classificação de trilhas da FEMERJ. Conta ainda com dados históricos e curiosidades sobre os locais das trilhas.


Foi um trabalho pioneiro, principalmente para algumas áreas onde se tinham poucas informações disponíveis sobre as trilhas, como o Parque da Cidade de Niterói, hoje PARNIT, bem como as trilhas do município de Maricá.

Todas as trilhas foram percorridas entre 2015 e 2016. Algumas foram reabertas, pois estavam abandonada e sem uso há anos. O trabalho foi liderado por Leandro do Carmo e contou com o apoio Clube Niteroiense de Montanhismo.

Foi lançada uma edição limitada devido a falta de recursos e agora, com a pandemia e a necessidade das pessoas buscarem locais longe de aglomeração, foi decido a disponibilização gratuita para download. 




sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Via Tensão Harmônica, comemorando 40 anos!

Por Leandro do Carmo

Via Tensão Harmônica, comemorando 40 anos!

Dia: 13/04/2019
Local: Costão de Itacoatiara
Participantes: Leandro do Carmo e Marcelo Correa




Relato

É uma história engraçada... Pela primeira vez fui obrigado a escalar! Isso mesmo, obrigado a escalar! Já na terça feira mandei uma mensagem para o Blanco deixando o sábado em aberto para a escalada. Ainda não sabíamos qual via faríamos. Na quinta feira, ele me passou uma mensagem avisando que teria um compromisso e não poderia, mas insistiu para que eu falasse com o Marcelo. Pensei: “o cara não poderá escalar e quer muito que eu vá”. Até aí tudo bem, mandei mensagem para o Marcelo e acertamos de escalar no sábado. Sugeri as vias da Face Sul do Costão, lá decidiríamos qual fazer... O Ary e o Rafael se juntariam a nós nesse dia.

Na sexta feira a noite, estava tão cansado, que enviei uma mensagem para o Marcelo avisando para deixarmos nossa escalada para a parte da tarde. Posso contar nos dedos as vezes que escalei à tarde... Como ele não me respondeu, fui dormir. Já sabendo que não teria hora para acordar, dormi bem tranquilo. Por volta das 7 horas da manhã, minha esposa veio com o celular na mão, avisando que o Marcelo queria falar comigo. Meio sonolento, peguei o telefone.

Leandro: “Fala Marcelo! Beleza?”
Marcelo: “Beleza Leandro! Vamos escalar! O Ary vai também. Só vi sua mensagem agora.”
Leandro: “Te passei uma mensagem ontem, cheguei em casa cansadão e tô com uma maior preguiça.”
Marcelo: “Vamos lá... Falei com o Ary e ele vai também...”Como já tinha acordado e a mochila já estava pronta, resolvi escalar.
Leandro: “Então beleza, vou só pegar as coisas aqui e passo aí na sua casa...”

Decidido escalar, peguei as coisas e encontrei o Marcelo na casa dele e de lá, seguimos para Itacoatiara. Até agora, tudo normal...

Chegando em Itacoatiara, fomos direto para a subsede assinar o Termo de Risco. O Ary já estava lá. Faltava o Rafael, que chegou logo em seguida. Preenchemos o termos e seguimos para o início da trilha. Caminhamos pela costão, um pouco próximo ao mar, até entrar no caminho dos pescadores e após passar o acesso à Via do Tetinho, continuamos andando até contornar o Costão. A base da via é difícil de achar... Não dá para ver o primeiro grampo. Mas, olhando em volta, é o único lugar onde daria para começar a via. O Ary veio logo atrás e confirmou o que havia pensado.

Subimos um pouco e nos equipamos. O Marcelo iniciou a escalada e foi subindo meio que na intuição. Logo avistou a primeira chapeleta. Subiu mais um pouco e montou a parada na terceira chapeleta. Dali subi e vi que a via estava um pouco suja, talvez pela falta de frequência. Cheguei à parada e segui direto. É um trecho bem bonito. Vai seguindo uma leve diagonal para a esquerda, acompanhando uma sequência de buracos até chegar uma chapeleta. Dali, sobe um pouco, fazendo uma lance um pouco mais difícil e vai agora numa diagonal para a direita, até entrar em um grande buraco, onde tem uma dupla de chapeletas.

Nesse ponto já conseguia mais ver a cordada do Ary e Rafael. O Marcelo chegou logo em seguida e na conversa resolveu guiar o próximo lance, o crux. A saída é bem vertical e com uma passada para a esquerda, dá para chegar na chapeleta e de lá seguir subindo. O Marcelo passou o lance e resolveu parar na próxima chapeleta, a anterior a parada dupla.

Subi logo em seguida e já dava para ver o Ary e o Rafael logo acima, já descansando. Passei do Marcelo que estava na parada e segui subindo direto. Essa saída, também é bacana. Mas o trecho acima até a parada dupla é o mais sujo da via. Mas não é muito complicado. É aquele toca pra cima direto. Chegando na dupla, montei a parada e o Marcelo chegou logo em seguida. Dali, subimos mais uns 50 metros de costão até estar próximo da descida para a Pata do Gato.

Já no cume, ficamos apreciando a bela vista para Itaipuaçu. O dia estava bem agradável. Fizemos algumas fotos e sem pressa, começamos a descer. Passamos pelo cume do Costão lotado e paramos para tomar um Açaí. Sem pressa, ainda ficamos conversando um pouco. Na hora de ir embora, tinha que ir para a AABB para encontrar minha esposa e as crianças. Dei uma carona para o Marcelo que em cima da hora resolveu almoçar lá também... Nem percebi nada... Quando cheguei ao clube, vi que o restaurante estava fechado e no celular, havia uma mensagem da minha esposa dizendo que era para ir no Chalezinho que estavam servindo um churrasquinho. Quando cheguei lá, vi todos reunidos e cantando parabéns! Festa surpresa!!!!

Muitos amigos reunidos para comemorar meu aniversário de 40 anos! Só agora que fui entender o motivo do Marcelo ter me ligado de manhã cedo para escalar, do Blanco ter forçado a barra para eu ir escalar com o Marcelo, do Marcelo ter feito uma parada a mais na escalada...