terça-feira, 20 de agosto de 2019

Via Reino Mágico - Pedra Dubois

Por Leandro do Carmo

Via Reino Mágico – 4° V E3 D4 1.035m – Pedra Dubois – Santa Maria Madalena


Base da via Reino Mágico

https://goo.gl/maps/vMJ38hs2uq7X3sUQ9

Relato da Via Reino Mágico - Pedra Dubois

Mais uma via a convite do Marcelo Correa... Que por sinal, tem mandado muito bem nas escolhas!!!! O destino dessa vez foi a pequena cidade de Santa Maria Madalena, no interior do Rio de Janeiro. Ficamos hospedados na Colônia de Férias da ASPERJ, sendo muito bem recebidos pela Dona Rosália, bem no centro da cidade.

Saímos cedo de Niterói, a viagem até lá levou cerca de 4 horas. Chegamos por volta das 8 horas da manhã e só tivemos tempo de chegar à pousada, deixar as coisas e seguir para a base da via. No caminho, encontramos o Maurinho, que já nos esperava, pois havia ficado em uma outra pousada. Com todos reunidos, nos dirigimos para a base da via. Estacionamos o carro próximo a uma casa e descemos para atravessar um córrego e começar a subir. Levamos um bom tempo para vencer o trecho. O mato estava bem alto e soltava uma foligem que nos deixou completamente marrons!

Depois de atravessar uma cerca, a coisa melhorou e conseguimos caminhar com mais facilidade. Depois de alguns minutos, finalmente chegamos à base. Levamos cerca de 35 minutos para percorrer poucos metros. Fizemos um lanche rápido e começamos a subir. O Marcelo dividiu a cordada com o Maurinho e eu, com o Blanco. Fui subindo os costões iniciais, com proteções de 60 em 60 metros. E foi assim, sempre a procura da próxima chapeleta... Ao todo, 9 enfiadas, mais uns 60 metros de caminhada em cerca de 1h 20min, até chegarmos ao ponto onde “realmente” a via começa.

Uma subida que cansou... Subimos uns 600 metros bem rápidos... Fizemos mais uma pausa para o lanche, porque agora iríamos até o cume! O dia estava bem agradável. O sol não estava muito forte e o vento soprava fraco. Depois de comer alguma coisa, saímos para o resto da escalada. O Marcelo foi na frente, em seguida, o Maurinho. O Blanco tocou a próxima e me deu segue até a parada. Essa enfiada foi bem tranquila e logo estava na 10ª parada.

A próxima enfiada foi mais puxada, já era bem mais vertical e um lance bem delicado. Mas devagar fomos subindo. O Blanco guiou novamente. Guiei a 12ª enfiada. Fui para a esquerda e costurei um grampo um pouco longe. O Maurinho havia subido direto. Optei por costurar, mas isso deu um arrasto grande na corda. Com um lance mais delicado, subi e cheguei na parada. Aí de segurança ao Blanco que chegou em seguida. A vista impressionada. Dali conseguia ver até a Pedra da Bolívia, em Itaocara.

Uma pequena pausa para uma água e vamos pra cima, pois ainda faltavam duas enfiadas. O Blanco saiu para guiar a 13ª enfiada. Acabou não vendo uma chapeleta e tocou numa linha mais delicada e com a rocha bem suja. De vagar ele subiu e logo estava na 14ª parada. Foi minha vez de subir e a via continuava nas mesmas características: agarrinhas e lances em aderência. Estávamos subindo rápido e logo estaríamos no cume. Mas faltava a última enfiada, mais uma daquelas boas...

O Blanco guiou novamente, tocando bem rápido até a parada e logo em seguida, subi. Fui subindo, já vendo a cordada do Marcelo e Maurinho tocando para a última. Dei um gás até chegar ao Blanco e de lá, como já estava com as costuras no rack, segui sem parar até a última parada, onde já estavam o Maurinho e Marcelo. Enquanto subia, ouvia o Ivison pedindo as coordenadas para achar onde nós estávamos. Ele havia feito cume pela trilha. Não é tão simples achar o final da via a partir do cume. Não há trilha definida.

Assim que cheguei na parada, passei pelo Maurinho e Marcelo e continuei a subida até uma área mais aberta, uns 50 metros depois dos últimos grampos, ponto onde deveria de estar o livro de cume. Poucos minutos depois, estávamos todos reunidos. O Ivison e o Sandro, que haviam feito cume pela trilha, também estavam ali nos esperando. Logo depois eles subiram até o cume para encontrar quem ficou lá em cima esperando.

Depois de algum tempo arrumando as coisas, começamos a subir por um vara mato até o cume, onde a galera nos esperava com um bom café, feito pelo Ivison. Para ainda para tirar algumas fotos e iniciamos a descida. Ela segue bem forte por um costão e no colo, entre o Dubois e o cume secundário, pensei que fosse continuar descendo, mas havia uma subida... Olhei para ela e pensei como seria bom se pudesse quebrar para a direita... Mas a subida nem foi tão ruim assim e logo começamos a descer forte. Imaginei a subida... Em pouco tempo estávamos já no pasto, vendo a bonita Fazenda Diboá. Deu para ver um pouco do pôr-do-sol e de lá seguimos até o carro. Um dia cansativo, porém espetacular! Missão cumprida.

Filmagem do Drone






















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