domingo, 21 de julho de 2019

Grutas do Spar

Por Leonardo Carmo

Dia: 21/07/2019


Participantes: Leonardo Carmo e Carina Melazzi







As Grutas do Spar não são naturais, na verdade, é uma mina desativada de onde se extraíam a malacacheta, que foi muito utilizada em resistência de ferro de passar roupa e o feldspato, que é utilizado na fabricação de vidros, porcelanas etc. A mina foi fechada devido à desvalorização do feldspato, o que tornou sua exploração economicamente inviável ainda na década de 80 (Fonte:  Guia de Trilhas de Niterói e Maricá).

A ideia do dia era escalar, mas por problemas técnicos no despertador, perdemos a hora 😆. Só tínhamos a parte da manhã. A gente tinha programado de fazer uma via em Niterói, mas por conta do atraso, não ia dar mais tempo de fazer as coisas com tranquilidade. Também não dava pra perder o que restava da manhã de domingo. O dia estava bonito. Ficar em casa era impensável.

Pensamos então em fazer alguma trilha e aí veio a ideia de fazer essa. A Carina ainda não conhecia, então foi a hora dela conhecer. A trilha não tem dificuldade e é de fácil orientação. Só quando passa da entrada do túnel é que existe uma bifurcação, mas é só pegar pra esquerda e já sai no segundo salão. Na dúvida, é só escolher um caminho e andar um pouco. Se depois de 2 minutos de trilha não chegar à uma gruta, volte e siga pro outro lado.

Não recomendo fazer essa trilha em dia de semana, pois a pedreira ao lado continua ativa e explosões ocorrem com frequência. Vai que desmorona alguma coisa... 

Começamos o circuito pelo túnel. Ele é curto, porém só dá pra ver a "luz no fim do túnel" praticamente na metade dele, pois o caminho não é uma linha reta. Esse túnel leva a um grande salão. Alguns morcegos moram lá. Saímos dele e voltamos pra trilha. Logo em seguida vem a tal bifurcação. Pegamos a esquerda e saímos no segundo salão, que tem uma coluna de sustentação que parece fina demais pra suportar todo aquele peso. Passando por esse salão, chegamos a outro que tem um lago de água cristalina. Provável que seja água da chuva acumulada. Quem quiser se arriscar num mergulho, vai encarar a água gelada.

Bem na entrada desse salão, lado direito, tem umas duas vias de escalada. Não sei precisar a graduação, mas o nível é alto. Vários lances de "tetinho". Do lado esquerdo da entrada tem uma pequena passagem por onde se anda meio agachado e que se conecta ao salão 2.  

Depois de fazer o circuito, voltamos pro carro e partimos pra dar um mergulho. Fomos primeiro em Itaipuaçu, mas o mar estava meio rebelde, afinal, essa é uma característica daquela região. Acabamos dando um mergulho em Camboinhas e fechamos a manhã de domingo.  

Dicas:

O acesso se dá por Inoã, Maricá, RJ. É recomendável deixar o carro em frente à Igrejinha de São João Batista e seguir a pé a partir desse ponto.

Cuidado ao andar nas grutas. Não deixe lixo e não faça muito baralho para não espantar a fauna local. É aconselhável levar lanterna.

Distância total: 3 km
Esforço: leve
Orientação: fácil
Insolação: baixa










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