quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Garrafão - PARNASO

Por Leonardo Carmo


Data: 25/06/2015


Participante: Leonardo Carmo, Marcos Lima, Tauan Nunes e Roberto Andrade

O Garrafão sempre foi um dos meus objetivos e acredito que seja o de muita gente também.

Marcos Lima, parceirão de escalada e perrengue rsrs, também tinha esse objetivo. E aí sabe né... rola uma mensagem... um pergunta pro outro se ta de bobeira no outro dia... e aí... prenuncio de aventura. PitBull na montanha!!!

O Tauan Nunes e o Roberto Andrade também embarcaram nessa com a gente.

Bom, o grupo estava formado. Saímos de Niterói por volta das 4:30. Queríamos entrar no parque às 6 da manhã, pois a previsão do tempo era de calor escaldante.

Começamos a subida pela tradicional trilha da Pedra do Sino. Começamos num ritmo alucinante. Só paramos no Abrigo Três para comer alguma coisa. Fizemos Barragem x Sino em 2:40 hs.

Ainda estava cedo mais o sol já sapecava. Uma breve parada no cume para fazer a leitura do caminho e pé na estrada, ou melhor, pé na laje de pedra rsrs.

Começamos a descer. Laje de pedra e vegetação rasteira em meio a um zig zag. Mais a frente o capim de anta junto com uma planta com folhas que mais parecem espinhos tomam conta do caminho. Essa vegetação é tão densa e alta que é impossível ver quem passa por ali.

Nesse trecho tem que tomar muito cuidado, pois forma um labirinto de vegetação e tem vários
buracos. Alguns fundos e outros mais rasos.

Tomar muito cuidado.

Uma dessas folhas que parecem espinhos furou o braço do Marcos Lima e curiosamente não saiu sangue. O sangue ficou preso. O braço começou a inchar. Cogitei em abortar a missão, mas voltar dali seria frustrante. O Marcos Lima então resolveu fazer um furo na pele para o sangue poder sair. 

Ele fez um corte no local, mas não conseguiu fazer com que o sangue saísse. O cara não arregou. Juro que lembrei dos filmes do Rambo rsrs.

Depois da gente avaliar a situação e já pressionando o Marcos rsrs pra ele seguir rsrsrs, resolvemos continuar.

Seguimos por mais uma laje de pedra. Muitos totens e setas riscadas na pedra indicando o caminho nessa parte. Entramos novamente em uma vegetação densa e espinhenta só que menos alta. No final dessa parte tem uma descida em uma curta laje de pedra que leva pra uma outra parte de vegetação que da na entrada do mini salão.

Atenção!!!

Dessa saída tem uma fenda dos dois lados. A vegetação esconde a fenda. Se cair ali é a morte.

Chegando ao mini salão, vem a parte da chaminé. Ali tem um grampo. Pode descer com o auxilio de uma corda ou passar por um buraco bem estreito mais a esquerda e sair mais na frente, ainda nesse mini salão.

Logo após a saída desse salão, vem o lance de cabo de aço. Ali, mesmo com esse tempo seco, sem chuva, estava molhado. Não aconselhável em época chuvosa.

Por segurança, montamos o rapel e descemos. Essa descida da quase 30 metros.

Deixamos a corda lá, pois teríamos que voltar fazendo ascensão.



Estávamos perto do cume. A vegetação voltou a ficar fechada e cortante. Apesar disso tudo, nesse trecho, o caminho é óbvio.

No penúltimo lance, a exposição é grande. Pra quem escala, o fator psicológico é tranquilo. Tem uma corda fixa, mas ela não está confiável. Passamos ali procurando umas pequenas agarras no paredão pra não utilizar a tal corda.

Depois vem o último lance que é pura aderência. Mais à direita tem um grampo, mas não precisamos usar. Subimos só na aderência mesmo. No grupo, todos escalavam.

Do cume do Garrafão tem uma vista incrível. Só indo lá pra saber do que estou falando.

Tiramos fotos, assinamos o livro de cume... e sem ficar lá por muito tempo, começamos a fazer o caminho de volta. O sol estava queimando o couro e o tempo também começava a mudar.

Pegar uma mudança de tempo ali não seria nada legal.

A volta é cansativa. Subida pura até o Sino. O lance de cabo de aço pra quem domina técnicas de ascensão é super tranquilo.

Obs.: não recomendo levar pessoas que não dominam técnicas de rapel e ascensão.

Chegamos novamente ao mini salão. Fizemos a chaminé e tocamos pra cima. Passamos por toda vegetação cortante novamente. Lajes de pedra, etc... No meio do caminho, por causa da mudança do tempo, deu uma aliviada no calor.

Passamos pelo Sino e só demos uma pequena parada no Abrigo 4.

Pegamos a longa trilha até a barragem.

Mais uma missão cumprida.

Fizemos toda essa expedição em 12 horas. 


Antes de terminar já estávamos planejando a próxima rsrs.












BTBW na Estrada - Projeto Nordeste - Do km 6.182 a 6.698.

Saímos às 7hs de Juazeiro de Norte, seguindo para o leste, pelo sertão nordestino. A estrada estava perfeita, um céu azul caprichosamente complementado por nuvens esparsas. As montanhas acompanharam toda a viagem à nossa direita.

A seca se faz presente, forte, castigando a região historicamente conhecida como sertão. Os rios estão secos e os açudes/reservatórios bem baixos. Normalmente cantamos durante a pilotagem para espantar o sono e a trilha sonora que não saia do meu playlist mental era a bela canção de Humberto Teixeira, imortalizada pela voz do rei do baião Luiz Gonzaga "... por falta d'água, perdi meu gado, morreu de sede meu alazão".   Vimos grandes barragens implantadas pelo Departamento Nacional de Obras Contra a Seca - DNOCS, construídas para amenizar o problema da seca na região. Esse é um povo forjado no fogo, no braseiro do sertão. Um povo que não reclama, que sabe o que é dificuldade, que luta a cada dia. Povo nordestino, povo guerreiro, muito respeito. Adentramos a cidade, praticamente cortando-a de ponta à ponta, passando junto ao campus da Universidade Federal da Paraíba.
 
Encontramos a família e descansamos. É muito bom rever os primos que há muito não víamos. As motos estão dando conta do recado, mas o desempenho tem diminuído bastante, a velocidade final caiu e o consumo aumentou. A Falcão Azul está na revisão, ficará pronta à tarde. A Garça vai seguir caminho. Trocamos o óleo dos motores em Pombal - PB. Hoje não rodaremos. O dia vai ser de manutenção nas estradeiras e descanso com a família.
Com isso, concluímos  o décimo sétimo dia do projeto, completando 6.698 km no total (516 km no dia). Um belo dia de estrada e Brasil, estamos na Paraíba.

Km 6.698.

É isso.

Vamos fazer vento?
 









 

terça-feira, 29 de setembro de 2015

BTBW na Estrada - Projeto Nordeste - Do km 5.569 ao 6.182.

Saímos cedo de Teresina, às 7hs já estávamos na estrada em sentido Juazeiro no Norte. Trânsito pesado na saída, como em toda cidade grande. A BR-316 é uma via interessante, retas quase infinitas e uma grande variação de cota no seu desenvolvimento, ingredientes interessantes para motos mas que requerem do motociclista uma atenção redobrada para não ser "embalado" e cochilar. Em alguns trechos da rodovia existem barracas para venda dos produtos da região, um dos principais é a castanha de caju, que deixa no ar uma fragrância de castanha recém torrada.

A estrada avança mudando sua vegetação para uma característica mais árida. A chapada do Araripe começa a aparecer, mudando consideravelmente a paisagem. Próximo à cidade de Cratos, a Floresta Nacional do Araripe, se torna uma ilha de mata atlântica, com vegetação densa, que proporciona um microclima muito agradável. Para o motociclista é como um ar condicionado natural soprando em seu favor. Os pequenos detalhes fazem toda diferença.

Chegando a Juazeiro do Norte visitamos a estátua de Padre Cícero, localizada no alto da Colina do Horto. Um lugar que emana uma energia muito boa, com uma bela vista das cidades de Crato, Juazeiro do Norte e Barbalha. O apoio dos Bodes do Asfalto Moto Clube continua, através da amigo Theo (Capitão Caverna) que apareceu e trocou um dedo de prosa sobre motociclismo com esses dois estradeiros empoeirados. Agradecemos à Geliane e Jaqueline pelo apoio ao Projeto Nordeste nessa breve passagem por Juazeiro do Norte - CE.  

Com isso, concluímos  o décimo sexto dia do projeto, completando 6.182 km no total (613km no dia). Saímos do Piauí, passamos por Pernambuco e Chegamos ao Ceará. Um belo dia de estrada e Brasil, em três estados diferentes.

Km 6.182.

É isso.

Vamos fazer vento?












segunda-feira, 28 de setembro de 2015

Vídeo: Pico Médio - Parque Estadual dos Três Picos

Por Leandro do Carmo

Esse é o vídeo de nossa ida ao Pico Menor e Pico Médio no fantástico Parque Estadual dos Três Picos. Para saber como chegar, ver as dicas, veja aqui o relato.

Vídeo em HD




BTBW na Estrada - Projeto Nordeste - Do km 5.071 ao 5.569.


Finalmente conseguimos sair mais cedo, 7hs. Fomos apoiados pelo irmão Vicente, do Bodes do Asfalto, até a saída da cidade de São Luis. Agradecemos ao Moto Clube Bodes do Asfalto, por todo o apoio que nos foi dado, nesses dois dias de passagem na bela ilha de São Luis.

Seguimos, sentido Teresina, para um trajeto de aproximadamente 470km. No caminho provamos de uma bela pamonha, doce, para reforçar o café da manha. As barraquinhas de fruta ao longa da estrada funcionam bem cedinho, castanha, manga, banana, e outras frutas encontram-se à disposição dos estradeiros. Estamos à caça de caju, pitomba, umbu e siriguela.

No trajeto, visitamos a cidade de Codó, ainda no Maranhão, terra do amigo Julimar. Seguimos viagem esticando ao máximo a pernada e chegamos próximos a uma pane seca. Falcão Azul tinha apenas 0,5 litros no tanque quando abastecida.




Chegamos a Teresina onde fomos calorosamente recebidos, por um Sol escaldante, e pela família de Eulália, nosso importante apoio local. Seus sobrinhos,e filho: Fernando, Daniel e Gustavo, acompanharam esses dois estradeiros para conhecer um pouco de Teresina, iluminados pela super Lua. Chamou-nos a atenção o parque de motociclismo Altamir Rivelto Vasconcelos, local de encontro de motociclistas, conseguido com muita luta pela ASP - Associação de Motociclistas do Piauí . Visitamos o irmão Cláudio, Bodes do Asfalto facção  Teresina e trocamos um belo dedo de prosa. Aproveitamos o Sol forte e lavamos quase toda nossa roupa, que secariam rapidamente, se não fosse o pé d'água que o BTBW trouxe para Teresina, rsrsrs, vamos sair com as roupas molhadas.



Com isso, concluímos  o décimo quinto dia do projeto, completando 5.569 km no total (497km no dia). Um belo e quente dia de estrada.

Km 5.569.

É isso.

Vamos fazer vento?