quinta-feira, 25 de junho de 2015

Escalada na Agulha Guarischi

Por Leandro do Carmo 

Local: Itacoatiara
Data: 11/04/2015
Participantes: Leandro do Carmo e Stephanie Maia


O outono havia chegado. A temperatura ficou muito mais amena do que há 1 mês atrás... Já estava na hora de voltar a fazer algumas vias mais longas... E para começar a temporada, nada melhor do que a melhor escalada, na minha opinião, da cidade: Agulha Guarischi. Na verdade escalar a Agulha Guarischi, é fazer um mix de 3 vias: Paredão Zezão (completa) e partes da Sudoeste da Agulha Guarischi e Paredão Eldorado. (Clique aqui para mais detalhes).

Arrumar parceiro para essa via é a coisa mais simples... Na verdade, já estou devendo a guiada lá a um monte de gente!!! E foi em uma das reuniões sociais do clube que fechei com a Stephanie. Marcamos cedo. Apesar da temperatura agradável que vinha fazendo, diferente do calor dos meses anteriores, não queria ter problemas com o sol. Pedi autorização para entrar antes da abertura do Parque e, por volta das 07:15, entramos na trilha.
Acho que levamos algo em torno de 30 minutos para chegar à base da via. Lá nos equipamos e comecei a guiar. Costurei aquele grampo colocado recentemente e fui direto para o segundo, deixando o antigo de fora. Entre esses grampos está o lance o melhor e mais chato da via. E como pode ser chato e bom ao mesmo tempo? Só que escalada entende... Passado esse lance, segui escalando.
Mais alguns grampos costurados e estava na primeira parada... Aquele confortável platô. A Stephanie veio logo em seguida e iniciei a segunda enfiada. Aquela variante que proporciona menos arrasto na corda é bem legal... Segui subindo e parei no grampo abaixo do bico de pedra. A Stephanie escalou e pedi para ela parar no grampo de baixo, assim já saía com um grampo costurado.
A próxima enfiada, na minha opinião, é a mais bonita da via. Fui bem colado na aresta, onde rende um belo visual. Escalei bem devagar, só para curtir a vista. O sol já estava saindo e fica na direção da cara. Ainda bem que os lances são tranquilos. Montei a parada numa pequena árvore, naquela matinha do “pescoço da tartaruga”. Dali, dei segurança para a Stephanie, que chegou logo em seguida. Pegamos o equipamento e fomos para a base da próxima enfiada, onde bebemos água e comemos alguma coisa.
Recebi a ligação do Formiga, achando que eu estava na Emil Mesquista. Falei pra ele que estava na Agulha Guarischi e que em breve ele iria me ver. Quem estava na Emil Mesquita, era o Tauan e o Roberto. Primeiro achei que ele estava na cordada da Novos Horizontes, mas depois ao encontra-lo, me disse que estava na Chang Wei. Foi muito bom saber que o Formiga estava de volta as escaladas, depois do acidente que teve nas Torres de Bonsucesso, onde um bloco se soltou, enquanto escalada, o que ocasionou uma fratura exposta no braço, tendo levado 14 horas para efetuar a descida... Tenso!!!! Esse encontro, mesmo que a distância, resultou nessa foto aí...
Estávamos seguindo bem. Terminaríamos rápido a via. Segui escalando até a próxima parada, em um confortável platô, onde montei a parada. O dia estava bem agradável. Perfeito para escalar. Fui para a próxima e passei por aquelas veias de pedra. Formações muito bonitas. Montei a parada no grampo abaixo de uma dupla que tem a esquerda e a Stephanie veio.
Na parada, perguntei se a Stephanie gostaria de guiar esse último lance. Dei uma força e ela teve o prazer de chegar ao cume sem ninguém por perto! Existem lugares que trazem paz... Mas ali, é muito mais que isso. Sentir o vento batendo em seu rosto... O sol esquentando o seu corpo... E toda aquela vista que temos... Bom, podem até achar besteira passar por tudo o que passamos para chegar ao cume... Mas só quem esteve lá, poderá entender o que estou falando!
Ainda batemos algumas fotos antes de enfrentar os inúmeros rapéis...

Está decretada a abertura da temporada! Mais uma missão cumprida.









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